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Uma pessoa muito preocupada com o bem estar dos outros... O meu EU sempre fica em segundo plano. Pena que os Políticos e os eleitores em geral ainda não tem essa consciência... Tenho esperança que em futuro próximo, tudo será melhor... Temos que acreditar, sempre.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

OS ENTRE-MEIOS DE UMA VIAGEM.

Depois de 1.729 kilômetros rodados, quatro dias depois da partida, de volta em casa. Antes de tudo preciso agradecer a todos os meus amigos/clientes que me dão prestígio há mais de 30 anos neste mesmo trajeto pela continuada parceria. Muito obrigado a todos. No primeiro cliente, ainda não entendi o motivo, coloquei minha pasta em cima do carro e continuei a viagem deixando a ela lá. Quando já estava há pelo menos cem kilômetros depois, atendi ao telefone e foi feito a seguinte pergunta: O Senhor é o proprietário da pasta preta? No que respondi que tenho uma pasta preta e que ela está no carro. O Henrique explicou onde que ela estava caída na beira da BR 116. Sugeri que a entregasse no cliente que era conhecido dele. Resolvi atender todos os clientes só com minha experiência e posso garantir que deu tudo certo com bons resultados. E a pasta ficou lá de folga, descansando. Mais adiante, uma suposta mãe e filha, pediram carona até uma comunidade próxima, porque o próximo ônibus demoraria, mais duas horas. Atendi e a senhora com dificuldade de se locomover, pela obesidade, sentou no assento da frente no carro e a suposta filha, sentou no banco de traz. Ela não falava nada e de repente fui surpreendido com a seguinte pergunta. O senhor aceita dar uma namoradinha comigo? De pronto respondi, não, pois eu já tenho namorada. Nisso a obesa, perguntou se eu era fiel e respondi que sim. Ela disse que a coitada mora na mesma comunidade e que não tem “homem” e que todos lá são casados. Não falei nada, mas imaginei na incoerência desta afirmação. Se os homens de lá não poderiam pular a cerca, como que ela estava dando apoio para o meu pulo? Aconteceram outras conversas normais entre nós e de repente o silêncio foi novamente quebrado lá dos fundos. O senhor não deixa pelo menos dar uma pegadinha nele? Eu disse bem rápido e forte, Não. Já estávamos no destino delas e desembarcaram. Ri muito sozinho e procurei explicação, sem achar e acho que o mundo está se virando de pernas para o ar. Já que ela parecia normal. Ainda neste primeiro dia, passei por mais uma experiência, nunca antes vivido nas minhas muitas viagens. Ao término da segunda pista, na BR 153, como achei que ainda daria tempo para passar por duas carretas. Quando já estava no meio da segunda, ela me fechou. Consegui frear e permaneci do ladinho dela praticamente parado num fino muito fino e tive que assistir duas carretas num fino, ainda mais fino passar do lado contrário e elas vindo de uma curva. Depois que estava livre disso tudo e sem ter sentido minha passagem pela morte, tive que me beliscar para saber se ainda estava do lado de cá ou não. Quando cheguei ao Hotel e olhando mensagens do WhatsApp da família, todos tinham desejado boa viagem e compreendi o verdadeiro valor deste desejo. Ainda fui surpreendido com a pergunta da filha, se não contaria minha aventura. Fiquei pensando como ela poderia saber e me deu vontade de perguntar qual delas. Mas era da pasta preta. Na manhã seguinte, ouvi numa Rádio FM, que duas crianças, uma de quatro e nove anos, estavam perdidas numa mata, desde as dez horas do dia anterior e quatro equipes de bombeiros de cidades vizinhas estavam fazendo buscas. Choveu a noite inteira e fazia muito frio. Agora ao pesquisar no Google, descobri que elas foram encontradas e que passam bem. Foram localizados quinze kilômetros mata adentro. Jamais em todos os anos de muitas viagens, enfrentei tanta chuva e muita água nas pistas, ao ponto de quase perder o controle do carro em uma curva, há 60 km/h. Vi muitos caminhões e carretas acidentados e fora da pista. A noite, nos Hotéis, aproveita-se para atualizar tudo que ficou acumulado durante o dia e é incrível como não há a mínima condição de se trabalhar, pois não há sinais que deem condições mínimas de navegar. Hoje no retorno, chamou atenção de um cidadão, estar empurrando um carrinho coberto por um plástico, a beira da BR 282, num trecho onde não há residências há kilômetros para ambos os lados. Que esperança uma pessoa assim pode cultivar? E nós muitas vezes reclamamos. Deparei também, hoje em menos de dez minutos, como três carretas ultrapassando e pedindo com sinal de luz por socorro e tranquilamente dei sinal de seta ao encostamento e permiti que pudessem seguir tranquilamente. Ao que todos agradeceram e eu também me senti gratificado por poder dar esta oportunidade sem em nenhum momento usar da buzina para reclamar. Em tempo, passei no cliente e peguei minha pasta preta. Estou em casa e tudo está tranquilo. Achei interessante escrever um pouco dos extras que aconteceram nesta viagem e que acontecem em todas as viagens. Poderia escrever um livro muito extenso, relatando todas as minhas viagens em quase trinta anos, pelo Brasil e nos últimos vinte anos em Santa Catarina. Sempre tenho muito presente o seguinte. Voltar vivo de uma viagem é um grande milagre e eu agradeço a Deus pelos muitos milagres que já recebi. Amém. João Prim Conselheiro Regional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil Palhoça – SC 26/06/2014.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo... Presença constante em nossa Vida.

Domingo de Pentecostes, 08/06/2014 e em Jaraguá do Sul, na Casa de Retiros Sagrado Coração de Jesus, aconteceu de 06 à 08/06/2014, o Cursilho de número 210 de homens da Diocese de Joinville e Setor de Jaraguá do Sul, com 43 neo Cursilhistas e 50 irmãos colocando-se a serviço do reino. Total de 93, que se doaram ao reino e ser de fato Discípulo Missionário de Jesus Cristo. Com 30 anos de caminhada e com uma participação constante, jamais imaginei vivenciar aquilo que aconteceu neste final de semana. Tudo perfeitamente bem entre nós e externamente chovia constantemente. No sábado a tarde já começamos a receber notícias externas sobre o perigo de enchente na cidade. Eu e o coordenador, Edson Pedro Vavassori, juntamente com outros irmãos de caminhada, decidimos continuar com normalidade a programação. E o ambiente cada vez mais abençoado com a presença constante da Santíssima Trindade. Sábado à noite já tínhamos recebido a notícia de que as águas já tinham tomado boa parte da cidade e inclusive nas proximidades da Casa de retiros. No café de domingo, já sem condições de comprar pão, conseguiram pães de formas em um comércio próximo, porém insuficiente na quantidade. Encaminhamos os “novos” ao refeitório e aos demais foi pedido “Caridade” no consumo. Aliás, este era o tema central do Cursilho, Caridade. Aconteceu a repetição da multiplicação do pão, nós da equipe, levávamos bananas nas mesas e brincando fazíamos propaganda dos benefícios desta fruta. Todos comeram bem e sobrou pão. Tínhamos ainda a esperança de que tudo poderia se resolver até as 18h00min, horário marcado à Missa de encerramento na Comunidade Santa Clara. Com a persistência da chuva e como no horário do almoço já tinham visto a situação das águas na cidade, resolvemos abrir o jogo e contar o que estava acontecendo. Com a presença de pessoas atingidas, nas Empresas e nas casas, feito a explicação e com a impossibilidade de alguém sair da casa, sem correr riscos, já cancelamos a Missa de encerramento e decidimos fazer tudo ali, já que Deus tinha providenciado que o Padre Silvino Tomczak, estivesse participando como neo e celebraria internamente. Teríamos que permanecer na casa mais um dia, já que estávamos isolados. Viver o quarto dia na mesma equipe é uma nova experiência. Sem mantimentos para alimentar 93 pessoas no domingo de noite e para o café da manhã de segunda feira, tentamos ajuda com a defesa Civil, mas sem êxito, pelo grande número de pedidos de socorro que tinham que atender. Os irmãos de caminhada, não mediram esforços e conseguiram adquirir alimentos que levaram a Casa com uma “Canoa”, que foi empurrada e com a água até a cintura, no frio e com a colaboração de muitos. Inclusive, uma “Cursilhista” próximo a Casa, ouviu na Rádio Jaraguá da nossa situação, saiu na chuva e foi pedindo comida nas casas e entregou na Casa de formação. Verdadeiros heróis, que receberam iluminação do alto. Na Casa ficamos sem energia desde as 16h00min e só com luz de emergência, foi celebrada a Missa de encerramento, bem como foi preparado o melhor jantar de nossas vidas, servido às 21h30min. Em nenhum momento se viu clima de abatimento ou tristeza e sim muita alegria, apesar de alguns envolvidos e preocupados. Por volta das 23h00min alguns conseguiram serem resgatados por familiares, outros conseguiram seguir com seu carro para casa e até houveram tentativas mal sucedidas e que tiveram que voltar para dormir na Casa de Retiros. Hoje, às 10h20min, os três últimos foram finalmente resgatados pelas famílias e são eles: Marcos Renato Fontoura, Sidnei Roberto Depin e Nelson Arnoldo Frohlich. Assim, eu e o coordenador, pudemos dar por encerrado de fato o Cursilho de número 210 e com muita alegria. Sem esquecer-se de partilhar com a tristeza de muitos irmãos que novamente perderam tudo, materialmente. Alegria, porque todas as Vidas foram preservadas na cidade e entre todas as famílias dos “Cursilhistas”. Os bens materiais, com certeza todos irão recuperar, pois a Santíssima Trindade não deixará de iluminar. Para mim e posso dizer que para todos, foi uma das melhores e mais profundas experiências já vividas. Além de termos acertado nas decisões com firmeza e clareza, foi e é emocionante, quando olhamos agora o que aconteceu e quando vemos a repercussão positiva. Deus seja louvado, por tudo e em todos e que possamos sempre ser apenas instrumentos nas mãos do Senhor. "Deus escreve certo por linhas tortas"Amém,amém. João Prim Conselheiro Regional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil. Palhoça – SC 09/06/2014.

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