Casais e Famílias de Segunda União, uma realidade.

Nas definições do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, no GEN, Grupo Executivo Nacional, esse assunto “Casais de Segunda União” é tratado, porém a aceitação ou não depende do Bispo Diocesano, responsável pela Igreja Particular de cada Diocese. Esse assunto tem gerado polêmicas em nossos Encontros do GER, Grupo Executivo Regional Sul IV, assim como nos GEDs, Grupos Executivos Diocesanos, pois temos Bispos que fazem questão que sejam levados aos Encontros, Cursilhos, os irmãos de Segunda União e outros fecham as portas a estes Cristãos. Salientando da extrema necessidade de esclarecer a todos nesta condição sobre os valores dos Sacramentos e da impossibilidade de participação deles, em virtude do estado em que vivem, mas orientando-os a se engajarem na caminhada de Pastoral do serviço da Igreja e do Movimento. Praticamente todas as Dioceses trabalham com os casais de segunda união com outros tipos de retiros, apropriados. Mas como o nosso carisma é despertar líderes cristãos que possam fermentar de Evangelho os Ambientes, achamos e temos a obrigação Evangélica de dar chance a todos sem discriminação, pois do contrário estaremos nos colocando em lugar do Cristo e julgando por ele. Aqui no GED/Joinville temos muitos exemplos de verdadeira fé viva de muitos casais de segunda união, engajados e testemunhando o Cristo vivo através dos serviços, sem a participação dos Sacramentos. Certa ocasião nos deparamos com uma situação diferente aqui no GED/Joinville. Uma pessoa nesta condição e pelo seu engajamento e testemunho, merecia ser indicado para coordenar um Cursilho e ficamos em dúvida se poderia ou não. Nossa vaidade humana já definia que não, porém fomos consultar o Bispo Diocesano e este com muita sabedoria e com muita calma disse o seguinte. Não há nada que impeça de uma pessoa de segunda união, coordenar e dar mensagens, inclusive com testemunho do seu engajamento na caminhada e pelo Reino. O que este coordenador ou mensageiro, jamais poderá fazer é dar um testemunho dizendo que a situação em que vive hoje é muito melhor do que aquilo que vivia anteriormente. Assim estaria dando um contra-testemunho dos sinais dos Sacramentos. Está perfeita a prática como Cristão do exemplo que o Padre Agenor deu ao final da reunião do GER, no sábado passado em Florianópolis daquela Senhora na Diocese de Criciúma, que faz todos os trabalhos na Paróquia, porém consciente, não participa dos Sacramentos em função da segunda união. Esse é o nosso trabalho, essa é a nossa Missão, sermos discípulos missionários para evangelizar. Sendo que neste caso da segunda união, evangelizar é mostrar os valores dos Sacramentos e como sinais sensíveis, não estão ao alcance deles. Mas apesar deste impedimento, eles são filhos muito amados de Deus e com certeza Ele ficará feliz em vê-los como operários na sua Igreja e em favor do seu Evangelho. Em virtude do grande número de cristãos que vivem hoje esta situação, temos o dever como Movimento e como Igreja de Jesus Cristo, nos colocar do lado deles, até porque a maioria ao assumir esta situação não tinha a consciência dos valores dos sacramentos e o valor de cada um deles na vida da pessoa, desde o nascimento, pelo batismo até a morte com a unção dos enfermos. João Prim Conselheiro do MCC do GER SUL 4. 26/11/2012. Jaraguá do Sul – SC.