Carnificina nas rodovias do Brasil...

Vivemos diariamente no Brasil uma verdadeira guerra no trânsito, com centenas e milhares de mortes que são registrados pelas polícias em todas as instâncias nas rodovias federais, estaduais e municipais. Sem contar às vítimas que morrem nos hospitais e que não estão contadas nas estatísticas disponíveis nos órgãos competentes ou incompetentes. Não há igualmente conhecimento do total de pessoas que ficam inválidas e fora do mercado de trabalho em virtude de um acidente. Há muitos anos somos campeões do mundo em acidentes, comparando por 100.000 habitantes e chegamos 30,1, enquanto que a Holanda foi que registrou o menor índice de 4,1 mortes. Portugal foi o País que registrou maior índice da Europa, ficando em 9,1 mortes. No Brasil a cada ano, mais de 55.000 perdem a vida no trânsito. Estes números são de levantamento feito em 2008 e com certeza os números não melhoraram e o que se vê constantemente, são filas sempre maiores em nossas rodovias e cada vez mais acidentes. Perdi um irmão em 1.999, aqui na BR 101, tida como “Rodovia da morte”. Antônio Prim, compositor e maestro de corais de músicas Sacras, mais uma vítima que perdeu sua Vida prematuramente e que caiu no esquecimento, aparentemente. Assim como todos os que vemos nos noticiários e nos jornais diariamente e as famílias não sabem a quem recorrer, já que nossas autoridades, só pensam em arrecadar impostos com venda de mais carros e com venda de combustíveis, sem se preocupar em construir mais rodovias e com melhores condições. E quando há obras em duplicações, estas consomem muito $$$, quase sempre desviado por corrupção e sem dar prioridade ao seu término urgente. São postergados por anos e anos e quando termina, a qualidade é péssima e em pouco tempo é necessário refazer tudo. Em minhas viagens, tenho acompanhado muito estes absurdos. Nós estamos literalmente perdidos e não temos ninguém em quem poderia se confiar ao ponto de minimizar este problema. Temos hoje, muitas pessoas acordando e estão reivindicando muita melhoria em muitos setores e acho que todos estão no caminho certo. Só que não podemos concordar em se fazer isso através da violência. Devemos mostrar nossa não concordância, mas ordenadamente e pacificamente. Sugiro que as famílias e aqui devem participar, todas que já perderam um ente-querido no trânsito e fazer valer nossos direitos de todos os impostos que pagamos e que não são aplicados em rodovias e em maior segurança. O problema não se resolve instalando pedágios e radares com o único objetivo multar e arrecadar cada vez mais. É necessário, construir rodovias mais seguras e formar motoristas mais conscientes, em suma mais educação. Vamos exigir isso? Temos direito.Amém. João Prim - Conselheiro do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil – Regional Sul IV. Jaraguá do Sul – SC. 01/11/2013.