UM ATÉ BREVE, AMIGO...

Carinhosamente eu o chamava de “Cotonete de Joinville”. E por quê? Talvez por ser o cotonete de aparência pura, branca e disponível para tudo... Assim também era este meu amigo. Para ele não tinha cara feia que não merecesse ser encarada e com argumentos firmes, tirados da Vida e do Evangelho de Jesus Cristo. Em tudo ele se fazia presente e presente de uma maneira firme e contagiante. Para tudo ele achava uma solução, desde a mais singela até a mais espinhosa. Não encontrei jamais na sua vida um não, no sentido de que isso eu não farei, pois quando era para ajudar a alguém, ele estava à disposição e sem questionar. Sempre com pressa e sempre correndo, pois assim tinha a certeza de que conseguiria fazer mais coisas em menos tempo e de fato conseguiu. Nos meus quase 27 anos de Cursilho e grande parte destes convivendo nos “retiros” nos “encontros” e nas “assembléias”, sempre tive a certeza de que uma vida deve ser vivida com um profundo sentido Cristão e que isso tem que ser colocado em prática nas atitudes diárias e isso meu amigo também fez e muito bem. Conseguiu fazer com que sua família vivesse estes ideais profundamente. Ao ponto de não medirem esforços nos últimos três meses, quando ele estava aparentemente inconsciente, para estar sempre do seu lado e transmitir muito carinho com a serenidade como o Cristo quer que façamos. Na convivência com os amigos, ele sempre teve esta mesma atenção e quando necessário, não contava até dois, para dizer que isso estava certo ou mesmo que estava errado e muitas vezes a resposta vinha em um simples olhar de aprovação ou reprovação. Um olhar de amigo, um olhar de quem estava ali para ajudar e ajudava com um sorriso sereno que transmitia paz. Vale dizer ainda, que quando eu era coordenador Diocesano e no dia da Assembléia para eleger o novo coordenador, este meu amigo foi eleito e sem estar presente. Algum compromisso de última hora mereceu sua atenção e ficou ausente, mesmo quando já estava bem cotado para ser novo coordenador. Mandou um simples bilhete, justificando-se pela ausência e ao mesmo tempo deixando seu nome disponível para ser eleito. E foi eleito coordenador Diocesano e exerceu muito bem a coordenação durante três anos a frente do Cursilho de Cristandade do Brasil da Diocese de Joinville. Eu tenho toda a certeza que este meu amigo está junto de Deus e continua de lá com a mesma pressa, intercedendo por cada um de nós que ainda precisamos terminar a nossa jornada aqui neste mundo. Assim faço votos para que possamos nos encontrar em futuro próximo lá no céu junto do pai... Não é verdade, LUIZ CECATTI?
Um grande abraço fraterno,
João Prim
Conselheiro Regional do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil.
04/02/2011.
Jaraguá do Sul - SC